Mês de ofensiva anárquica contra a Operação Érebo

AGITAÇÃO ANTI AUTORITÁRIA PELA OFENSIVA
ANÁRQUICA CONTRA A OPERAÇÃO ÉREBO

Solidariedade insubmissa a todxs xs anarquistas perseguidxs na região sul do território dominado pelo estado brasileiro.

Fazemos um chamado para ação extensiva aos meses de fevereiro e março em resposta à “operação érebo”.

No ano de 2017, a polícia civil de Porto Alegre iniciou a chamada “operação erebo” para perseguir anarquistas e espaços libertários. Está claro que o estado quer derrubar cada um que faça das suas ideias uma autêntica ameaça.

Nenhuma agressão ficará sem resposta. Perante isso, apelamos para respostas imediatas que venham de todos os cantos visando o inimigo. Não ficaremos na defensiva covarde, aguardando o próximo movimento jurídico policial nos atingir.

Que a ideia se difunda e se espalhe como o fogo da revolta incontida por todos os territórios dominados. Que as palavras de rebelião soprem junto ao vento pelo mundo.

Sejamos criativxs.

COMUNICAÇÃO É ARMA!
PELA SOLIDARIEDADE APÁTRIDA!
PREVALECERÁ A LIBERDADE !

Somos o que somos e nisso não vamos retroceder: somos anarquistas, amamos a liberdade e sim, desprezamos a todos os valores e instituições que compõem essa máquina de guerra chamada capitalismo, civilização”.

em espanhol | inglês | alemão | italiano
pt-contrainfo.espiv.net/2018/02/02/brasil-mes-de-ofensiva-anarquica-contra-a-operacao-erebo

Posted in General | Tagged | Comments Off on Mês de ofensiva anárquica contra a Operação Érebo

Okupa Tudo! – Encontro Libertário em BH

A Kasa Invisível é um espaço autônomo ocupado e autogestionado que abriu suas atividades há mais de um ano no centro de Belo Horizonte (Minas Gerais). A Kasa sofre atualmente uma ameaça iminente de despejo devido a um pedido de reintegração de posse movido pelo proprietário. Neste contexto de urgência que propomos o “OKUPA TUDO! – Encontro Libertário”.
Para estreitar relações com quem temos afinidades!
Para compartilhar questionamentos e conspirar novos planos!
Para abrir a possibilidade de novos encontros!
Para refletir sobre nossas práticas e teorias!
Okupar tudo é um convite para aqueles que ainda lutam contra um sistema que nos esmaga cotidianamente e que tem conduzido o planeta a um abismo.
Queremos nos encontrar com quem constrói ou quer construir alternativas em seu cotidiano, rumo a mundo livre de qualquer dominação.


PROGRAMAÇÃO

*Sábado, 13 de janeiro*
08hs – Abertura da Casa
Durante todo o dia, feira com exposição de publicações independentes e produções livres.
09h30 – Filme e Debate: Montaje Caso Bombas (2013)
12hs – Almoço coletivo
(A casa oferece algo de comida para compartilhar. Traga algo pra fortalecer!)
14hs – Roda de Conversa: “Cidade-anarquitetura” com Rita Velloso
19hs – Pizzada Vegana, cerveja e música


*Domingo, 14 de janeiro*
09hs – Abertura da casa
Durante todo o dia, feira com exposição de publicações independentes e produções livres.
10h30 – Encontro de Coletivos
12hs – Almoço coletivo
(A casa oferece algo de comida para compartilhar. Traga algo pra fortalecer!)
14hs – Roda de Conversa: Perspectivas Anarquistas para 2018
19hs – Pizzada Vegana e cerveja
19h30 – Festa: MASTERp la n o


Quanto?
Entrada franca!
Lembrando que a Kasa Invisível sempre aceita doações para manter e melhorar o espaço.
A Kasa não possuí água encanada por isso POR FAVOR tragam galões de água potável.
O espaço ficará aberto para pessoas que precisem dormir nele durante os dois dias de atividade, tragam colchões.

Onde?
Kasa Invisível
Bias Fortes, 1034
Centro – Belo Horizonte

*DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES*

Documentário: MONTAJE CASO BOMBAS
Muitos estados e governos, protegidos pela impunidade que lhes foi dada pelo exercício do poder, recorreram as montagens como arma política para desacreditar, invalidar e prender seus detratores. Mas o que é uma montagem política e policial? Como é feita? Quem as fazem? Essas perguntas são abordadas por este documentário, desenvolvido de maneira coletiva pelo Canal Barrial 3 do Bairro Yungay, que tem como plano de fundo e principal referência a montagem chamada “Caso bombas”, articulado contra o mundo anarquista e as okupa no $hile da “transição para a democracia”.

CIDADE-ANARQUITETURA
“Não registrados pela história e pela historiografia oficial, os modos de construção comum e ordinária dos povos, com seus próprios conhecimentos locais, materiais e assim por diante, existem apenas na sombra de estruturas de poder espetaculares e cerimoniais.
As cidades não crescem organicamente, é óbvio. Em vez disso, são manifestações físicas de criatividade, conflito, colaboração comunitária e ideologias, valores de uso, expressões e desejos das pessoas. O ambiente urbano é o produto de conhecimentos técnicos, legais e logísticos exercidos de cima para baixo por planejadores, políticos, engenheiros, investidores e desenvolvedores, bem como uma amalgama de espaços vividos produzidos por membros de subculturas e subgrupos que se tornam de de baixo para cima.
Mas se quisermos pensar o urbano desde o anarquismo ou a partir da agência dos habitantes numa espécie de urbanismo “de baixo para cima” vamos do conteúdo das disciplinas da geografia, dos estudos urbanos, da sociologia e da criminologia cultural que para um urbanismo táctil, criativo, guerrilheiro, vernáculo e tático.
Discuto desse modo temas como justiça espacial, ocupações, as remoções, a prática subcultural, a contestação e a transgressão, o urbanismo latino/urbano e o ‘imaginário espacial negro’. Penso a segregação racial e de classe como resultado do poder branco e masculino, e várias encarnações do capital social, simbólico, econômica e cultural quando trazidos à escala do bairro.
Esta fala serve como um exercício de uma pesquisa sobre algo a que poderia mesmo chamar ‘cidade-anarquitetura: urbanismo de baixo para cima’ – desde a produção de pixo, do graffiti e arte de rua até formas ilegais de habitação e manifestações localizadas de insurgência.”
Atividade com Rita de Cássia Lucena Velloso, arquiteta e professora do departamento de Arquitetura da UFMG.

ENCONTRO DE COLETIVOS, GRUPOS E PROJETOS AUTÔNOMOS DE BH
Em um mundo cada vez mais cindido onde podemos nos encontrar? Quais os espaços podemos criar para a convergência de propostas e lutas? O que cada coletivo tem feito? Quais são os dilemas e reflexões que tem vivido? O que tem rolado de interessante?
Queremos gerar um ponto de encontro para nos conhecermos, nos aproximar, nos vermos…
Esse é um chamado aberto a um encontro de coletivos, grupos e projetos autônomos de BH.

PERSPECTIVAS ANARQUISTAS PARA 2018
O cenário de movimentos, coletivos e projetos anarquistas/libertários/autonomistas mudou muito no Brasil desde as insurreições 2013. Um novo tempo de encontros, onde fizemos novas amigas e amigos, novos projetos surgiram, novas relações apareceram e despontaram oportunidades.
Porém tendências políticas autoritárias também ganharam mais visibilidade e presença, inclusive nas ruas.
Soma-se a isso a uma crescente descredibilidade das pessoas em relação a políticos profissionais e formas não-participativas de poder.
Com essa atividade queremos criar um momento de encontro entre grupos, coletivos, projetos e pessoas do cenário autônomo e anarquista da cidade para conversarmos e pensarmos juntas e juntos sobre as perspectivas que podemos ter em relação ao ano de 2018.

MAIS INFORMAÇÕES:
we.riseup.net/casainvisivel

facebook.com/events/2061372300740831

Posted in General | Tagged | Comments Off on Okupa Tudo! – Encontro Libertário em BH

14° AQUI NÃO EXISTE NATAL

PROGRAMAÇÃO


01° DIA – SÁBADO 23/12

09:00hs – Concentração Bicicletada Praça da Catedral (facebook.com/events/2004010093174945)

13:00hs – Food Not Bombs (Comida grátis)

15:00hs – Oficina de pinturas em camisetas (Cada participante deverá trazer uma blusa/camiseta/pano de qualquer cor para produzir sua estampa)

17:00hs – Roda de conversa sobre Cultura Cigana

19:00hs – Exibição do Documentário “The Punk Syndrome”, seguido de debate

Durante todo o dia estará montada a exposição “O tempo e o som”,onde estará exposto a coleção de aparelhos sonoros de Lázaro Bueno.


02° DIA – DOMINGO 24/12

10:00hs – Construção do viveiro de mudas e plantio

12:00hs – Food Not Bombs (Comida grátis)

14:00hs – Oficina de massa de pastel vegano


03° DIA – SEGUNDA 25/12

A partir das 17:00hs som com as bandas:

Consciência Suburbana (Punk Rock)
Declínio Social (Hardcore/Punk)
Meillin (Pós-Rock)
Malespero (Crust/Metal)

Lançamento do zine O Pulso Ainda Pulsa N° 11
Transmissão ao vivo do evento pela Pulso Web Rádio
Gravação do áudio dos shows
Entrada: 10 reais


LOCAL: Centro de Cultura Social Coletivo Pulso
Rua Nossa Senhora da Conceição, 30 esquina com a Rua Lavras, Bairro Dom Pedro II, Divinópolis/MG.

facebook.com/events/197074667534536

Posted in General | Comments Off on 14° AQUI NÃO EXISTE NATAL

Comunicado de companheirxs e amigxs de Rodrigo Lanza, ex-preso da montagem 4-F, detido acusado de matar um nazi em Zaragoza

Comunicado pela liberdade de Rodrigo Lanza

De diferentes companheirxs e amigxs de Rodrigo Lanza, unidxs pelas ideias antifascistas,  queremos fazer um comunicado público sobre os recentes acontecimentos que levaram nosso companheiro para a prisão.

Depois de dias de bombardeio midiático, com informações falsas e não contrastadas, com o interesse intencional de conseguir uma sentença pública antes da declaração das partes, hoje finalmente conhecemos a versão de Rodrigo e outrxs testemunhas.

A primeira “verdade oficial” construiu uma versão que pouco se encaixa aos fatos que ocorreram na noite de quinta-feira, colocando Victor Laínez como uma vítima passiva do ódio à bandeira espanhola, e Rodrigo Lanza como um agressor armado, agindo com premeditação, pelas costas e em grupo.

Naquela noite, nosso companheiro defendeu sua vida contra uma agressão fascista com arma “branca”, se defendeu com seu corpo, não utilizando nenhuma barra de ferro ou o selim de bici.

Victor Laínez é um membro da extrema direita de Aragão, relacionado tanto com conhecidxs neonazis como com a Falanje Española de las Jons, que o reconhecem como membro de sua organização e afirmam publicamente: “Que todos saibam, que se a Falange Vasconavarra tiver que escolher entre os heroicos exemplos de Victor Lainez e Josué Estébanez, vamos optar sem dúvida alguma pelo de Josué. Antes prisão que o cemitério.” Lembremos que Josué Estébanez de la Hija é um militar e neonazi que há dez anos assassinou o jovem antifascista de 16 anos Carlos Palomino, apunhalando-o no peito.

Temos evidências de sua participação em atos violentos no passado, (como no ataque realizado junto com neonazis ao bar “Barrio Latino” há mais de 20 anos) e de toda uma trajetória no movimento Falangista. Victor Laínez não era um “patriota pacífico”, um cidadão comum que amava seu país; era um fascista com atitude ativa e abertamente racista.

Na noite dos fatos, depois de insultar Rodrigo (sul-americano e de estética punk) chamando-o de “sudaka de merda, vai pra seu país”, seguiu Rodrigo, e quando este saia do bar, Victor Laínez puxou uma faca e tentou esfaqueá-lo repetidas vezes. Desta vez, pelas costas, e felizmente Rodrigo, avisado por uma das testemunhas, se esquivou e conseguiu repelir o ataque, golpeando Victor Laínez e abandonando o local.

Graças a este legítimo exercício de autodefesa Rodrigo ainda está vivo, do qual nos alegramos, já que em outras ocasiões não podemos dizer o mesmo.

Vemos a necessidade de lembrar a quantidade de assassinatos políticos realizados por membros de extrema direita no estado espanhol nos últimos 30 anos, bem como o aumento atual das agressões nacionalistas. Existe um conflito entre o fascismo e aquelxs que lutam contra ele, que não é nada novo neste estado ou fora dele. O crescimento da extrema direita é uma realidade muito palpável em todo o mundo.

O clima político atual que vivemos no estado espanhol não poderia ser mais desfavorável, devido ao conflito nacionalista pela autodeterminação da Catalunha. Este caso foi evidentemente usado para interesses partidários e eleitorais com a cumplicidade da imprensa, exaltando o orgulho nacional e apontando como inimigo social o movimento okupa e para as pessoas migrantes em geral.

Por outro lado, é evidente que existe uma clara intenção de aproveitar o que ocorreu politicamente para voltar a pôr em dúvida a versão da montagem policial do 4F, pelo qual Rodrigo cumpriu 5 anos de prisão.

Gostaríamos de agradecer as mostras de apoio e solidariedade recebidas e reiterar que a luta por uma sociedade mais justa continua.

Liberdade para Rodrigo Lanza!

Companheirxs e amigxs de Rodrigo Lanza

**********

Solidariedade com Rodrigo Lanza!
Seja ele responsável ou não pelos fatos que o acusam.
Porque a violência contra o fascismo é SEMPRE justificada.

https://vozcomoarma.noblogs.org/files/2017/12/DQ6psw8W0AABb9p.jpg

Hoy ya me he enterado, hay un nazi muerto, soy un punk contento, punk contento.

Posted in General | Tagged | Comments Off on Comunicado de companheirxs e amigxs de Rodrigo Lanza, ex-preso da montagem 4-F, detido acusado de matar um nazi em Zaragoza

[Memória] Pelao Angry, Presente!

Sebastián Oversluij Seguel, mais conhecido como Pelao Angry, fazia parte do grupo de rap kombativo Palabras En Conflicto, onde ele manifestava seu pensamento libertário.

Aos 16 anos, após a morte de umx ente queridx pelas drogas, decidiu entrar no straight edge e adotar o veganismo, vendo nesse modo de vida uma forma de protesto direto contra o sistema de exploração. Sendo um estudante de design gráfico, trabalhador, e autodeclarado anarquista decide abandonar tudo para se juntar a um coletivo anarquista e assim dar vida ao Centro Social Autônomo e Biblioteca Libertária Jonny Cariqueo, lugar que também se torna sua casa.

Pouco depois, ele tem uma filha e opta por viver autonomamente longe da cidade, onde ele planta e colhe sua própria comida e adota uma vida autossustentável. No entanto, surgem complicações e ele acaba retornando à cidade para procurar um emprego de tempo integral que lhe permita sustentar sua filha; ele consegue, mas o salário é muito baixo, e ele também sente que está traindo seus princípios ideológicos e que não está sendo congruente com o que prega, esse choque detona nele o niilismo que o torna mais comprometido e radical com suas ideias. Angry sempre apoiava e justificava como válido as formas mais radicais de combater o sistema, mesmo que fossem as mais violentos.

Em 11 de dezembro de 2013, por volta das 09:30 da manhã, um grupo decide expropriar uma agência bancária em Pudahuel, em Santiasco de $hile. Sebastian Oversluij “Angry” entra no Banco do Estado e no momento que sacava a metralhadora que carregava, enquanto gritava anunciando o assalto, ele é morto pelo segurança do banco.

nuncaderodillasblog.wordpress.com

Posted in General | Tagged | Comments Off on [Memória] Pelao Angry, Presente!

VI FESTIVAL DO FILME ANARQUISTA E PUNK DE SP

VI FESTIVAL DO FILME ANARQUISTA E PUNK DE SP

Chegamos ao sexto ano do Festival do Filme Anarquista e Punk de SP, com a proposta de visibilizar as produções audiovisuais libertárias e de temáticas relacionadas à contracultura punk e anarquismo, além de pautar o uso dessa importante ferramenta em nossas lutas. Esse ano o Festival vai rolar no Centro de Cultura Social, um espaço autônomo de muita história e contribuição para o anarquismo na cidade.

Organização:
Do Morro Produções e Anarco.Filmes/Imprensa Marginal
www.anarcopunk.org/festival

PROGRAMAÇÃO VI FESTIVAL DO FILME ANARQUISTA E PUNK DE SP
Dias 02 e 03 de dezembro de 2017
Centro de Cultura Social
Rua General Jardim, 253 – sala 22
Próximo ao metrô Rep
ública – São Paulo

BAIXE A PROGRAMAÇÃO EM PDF AQUI

SÁBADO, 2 DE DEZEMBRO

13:30 | 16a2015 – DOOM no Chile + Punky Mauri: Formosamente Violento

16a2015 – DOOM no Chile [Documentário | 43” | 2017 | Basura Existencia | Chile] – Documentário em memória de Fabian, Gaston, Ignacio, Daniel e Robert, mortos durante uma gig onde acontecia a apresentação da banda Doom no Chile. A cada 16 de abril na Alameda 776, punks, amigxs e parentes seguem relembrando-os, e este registro mostra um pouco do que ocorreu naquela fatídica noite, bem como as atividades em memória deles.

Punky Mauri: Formosamente Violento [Documentário | 13” | 2017 | Chile] – Um pequeno registro em memória de Mauricio Morales, anarquista que morreu em 2009 em decorrência da explosão de uma bomba que transportava, e cuja morte foi usada como desculpa para toda uma operação policial de criminalização e montagem contra okupas, anarquistas e punks no Chile. Esta operação, que ficou conhecida como Caso Bombas, foi posteriormente desmontada, ante às inúmeras provas falsas apresentadas pela promotoria.

14:40 | No Gods No Masters Fest 2017 + La Forma: Videofanzine de Contracultura

La Forma: Videofanzine de Contracultura [Documentário | 18” | 2016 | Arlen Herrera | Equador] – Projeto autogestionado e contrainformativo de colaboração conjunta e apoio mútuo, de distintos indivíduos e espaços de Quito, Equador, que em diferentes entornos tem resistido e atuado ali. Este vídeo conta com vários temas dentro da contracultura, como forma de vida, ação, criação e crítica. Partindo de uma crítica comum ao sistema capitalista e a heteronorma imposta, nascem iniciativas e ideias para buscar caminhos diferentes de combatê-la.

No Gods No Masters Fest 2017 [Documentário | 15” | 2017 | Anarco.Filmes | São Paulo/SP] – Autonomia, relações horizontais, faça-você-mesma, senso de comunidade, criação de redes, diálogo, respeito, apoio mútuo… Em imagens, sentidos e palavras, um pouco da segunda edição do No Gods No Masters Fest, em Itanhaém, litoral de São Paulo.

15:20 | Oficina: Um guia prático Anarquista e Punk para uma Autodefesa Digital, por HACKistenZ
Para nós, anarquistas e punks, é mais que necessário nos comunicarmos, de maneira rápida e segura. Pois precisamos planejar ações e fortalecer nossos vínculos e nossa resistência. No entanto, estamos sendo vigiadxs. E pior, estamos sob um tipo de vigilância discreta e silenciosa. Não vemos claramente quem nos vigiam. Pois estes estão muito bem camuflados na internet e até mesmo estão embutidos dentro de nossos computadores e em nossos telefones celulares.

Vivemos em tempos que o combate à vigilância deve ser integrado em nossos hábitos diários. Assim como preparamos nossa comida antes de comê-la, também devemos criptografar nossas informações antes de enviá-las. Assim como escolhemos qual roupa vestir, também devemos nos preocupar com quais softwares usar. Do mesmo jeito que não saímos por ai, pelas ruas, expondo informações sobre nossas vidas e sobre as vidas de compas e de quem amamos para todo o mundo ficar sabendo, também não devemos fazê-lo no ciberespaço.

Se não estamos ainda nos protegendo contra essa vigilância toda, devemos mudar nossos hábitos agora! Mesmo que não consigamos a proteção total, pelo menos dificultaremos a vida de quem nos vigiam. Isto será nossa oficina: “Um guia prático Anarquista e Punk para uma autodefesa digital”. Basicamente discutiremos os seguintes temas, Autonomia diante os softwares, Anonimato na rede, Cypherpunks (criptografia) e Desobediência digital. Cada momento do debate aprenderemos juntxs as ideias fundamentais, quais as principais medidas a serem tomadas por nós, quais programas utilizar e como utilizá-los.

16: 30 | Ovarian Psycos

Ovarian Psycos [Documentário | 72” | 2016 | Joanna Sokolowski e Kate Trumbull-LaValle | EUA] – Pedalando a noite pelas ruas perigosas do leste de Los Angeles, as Ovarian Psycos usam suas bicicletas para confrontar a violência em suas vidas. Guiando o grupo está a fundadora Xela de la X, mãe e poeta M.C., dedicada a recrutar mulheres indígenas e negras para o movimento. O filme conta a história de Xela, mostrando sua luta em encontrar um balanço entre o ativismo e sua filha de 9 anos; de Andi, que distante de sua família caminha em direção à liderança do grupo; e de Evie, quem apesar da pobreza e das preocupações de sua mãe salvadorenha, descobre uma nova confiança.

18:00 | Andale! + She´s a Punk Rocker

Andale [Curta experimental | 4” | 2017 | Canibal Filmes | Palmitos/SC] – Um filme sobre o mundo de hoje, sobre a necessidade de uma revolução, um levante das massas contra os exploradores, para que o sistema financeiro possa ser todo repensado. Uma visão anarquista do caos que necessitamos para essa mudança ocorrer.

She´s a Punk Rocker [Documentário | 67” | 2010 | Zillah Minx | Inglaterra] – Dirigido por Zillah Minx, integrante da banda anarcopunk Rubella Ballet, o documentário retrata um pouco das ideias e histórias de mulheres punks que viveram e participaram da cena punk/squatter inglesa, como Poly Styrene (X-Ray Spex), Eve Libertine e Gee Vaucher (Crass), Olga Orbit (Youth in Asia), entre outras.

DOMINGO, 3 DE DEZEMBRO

13:00 | Dias de Cultura Punk em Fortaleza + Espaço Korpo Sem Órgãos – Autonomia e Autogestão

Dias de Cultura Punk em Fortaleza [Documentário | 30” | 2017 | Kalango | Fortaleza/CE] – A cena punk/anarquista no nordeste sempre teve como forte característica a realização de atividades com apoio e participação de grupos/bandas de diversas localidades da região, unindo esforços, sonhos e movidas. Este ano aconteceu o Dia de Cultura Punk, com atividades em Fortaleza/CE, Natal/RN e Campina Grande/PB. Este documentário é um pequeno registro do que rolou na cidade de Fortaleza.

Espaço Korpo Sem Órgãos – Autonomia e Autogestão [Documentário | 50” | 2017 | Korpo Sem Órgãos | Fortaleza/CE] – Relatos, imagens, experiências e vivências deste espaço okupado e autogerido que resistiu na cidade de Fortaleza/CE, em um documentário feito pelas pessoas que passaram pela casa e contribuíram para sua existência.

14:40 | Mais Amor + Noise and Resistence

Mais Amor [Curta experimental | 4” | 2017 | Biblioteca Terra Livre | São Paulo/SP] – O quanto esse discurso de “mais amor” não esconde uma exigência por passividade e aceitação das desigualdades sociais? Enquanto o capitalismo tortura, pede amor em troca. Enjoados desse falso amor, nos resta exercitar o ódio. É preciso nutrir o ódio de classe. O filme, de maneira tosca e metafórica, propõe uma reflexão sobre essa frase que habita o discurso da manutenção. Mais amor pra quem? Guerra ao sistema!

Noise and Resistence [Documentário | 90” | 2011 | Francesca Araiza Andrade e Julia Ostertag | Alemanha] – Documentário que retrata uma cena política e musical globalmente interconectada, construída a partir de autonomia, solidariedade e da ideia de faça-você-mesma, que declara guerra ao capitalismo e a cultura mainstream. Entre okupas em Barcelona, antifascistas em Moscou, habitantes de parques de trailers autogeridos, garotas de bandas punks suecas, e outros grupos de diversos países, o filme conta um pouco sobre integrantes desta cena, suas motivações, aspirações compartilhadas e ideias de utopia.

16h30 | Debate: A prática do cineclube na era do isolamento digital, com Daniel Fagundes, Sheyla Maria Melo e Gabriel Barcelos
Os cineclubes e mostras surgem como espaços onde as pessoas se reúnem para assistir filmes coletivamente e, muitas vezes, debater e refletir em conjunto sobre as produções e temas que as envolvem. A era da internet, porém, ao mesmo tempo em que possibilitou e facilitou contatos, tem gerado cada vez mais isolamento neste sentido: ao invés de priorizar estes momentos coletivos, o ato de assistir filmes se torna cada vez mais algo para se fazer em computadores pessoais e celulares, muitas vezes individualmente. Como se inserem os cineclubes e sua prática neste contexto?

Sheyla Maria Melo | Co-gestora do grupo Arte Maloqueira, articuladora do projeto Rua de Fazer e do Projeto Comunicação Alternativa, estudante de jornalismo e pedagoga.
Daniel Fagundes | Cinegrafista e Pedagogo, integrante do Núcleo de Comunicação Alternativa.
Gabriel Barcelos | Jornalista sindical, pesquisador, videoativista, ex-organizador da Mostra Luta de Campinas, autor do blog CineMovimento

18:15 | Curdistão: Garotas em Guerra + Caoticidade

Caoticidade [Documentário experimental | 9” | 2017 | Diego Duenhas | São João da Boa Vista/SP] – Documentário experimental que propõe uma abordagem diferente sobre o assunto da gentrificação e seus resultados para as cidades e para as pessoas que vivem nelas.

Curdistão: Garotas em Guerra [Documentário | 53” | 2016 | Mylène Sauloy | França] – O documentário olha para a luta ideológica e militar das mulheres curdas em Rojava, Shengal e Qandil, bem como a história do movimento de mulheres que surge com o PKK. De París a Sinjar, mulheres curdas estão tomando em armas contra o Daesh para defender o seu povo. Um grupo de mulheres que se negam a ser vítimas e se mantêm fortes com outras mulheres que são maltratadas.

*Lançamento do zine #1 do Festival do Filme Anarquista e Punk | Depois de 6 anos organizando o Festival, reunimos no papel um pouco de nossas inquietações, questionamentos e visões sobre audiovisual anarquista, prática e produção de vídeo e o uso dessa ferramenta em nossas lutas para compartilhar e ampliar os debates sobre o tema. O zine estará disponível na banquinha durante os dias do Festival!

*Exposição | Festivais de Filme Anarquista pelo mundo | Já tradicional em todas as edições do Festival, estarão expostas imagens de cartazes de festivais de filme anarquista e punk mundo afora.

*Exposição | Crass e faça-você-mesma nas colagens de Gee Vaucher (Inglaterra) | Exposição de colagens e artes enviadas por Gee Vaucher, artista, ex-integrante da banda inglesa Crass e moradora da comunidade Dial House em Essex/Inglaterra, que foram feitas durante o período de existência da banda para as capas, encartes e materiais produzidos na época.

*Venda de salgados e lanches veganos por No Cruelty Vegan Foods

Posted in General | Tagged | Comments Off on VI FESTIVAL DO FILME ANARQUISTA E PUNK DE SP

[Memória] Claudia Lopez, Presente!

“Y, hoy, enciendo, encendemos mil hogeras, me amotino, nos amotinamos mil veces. Entro en huelga, construyo túneles quiméricos, y mañana volveré, volveremos a hacer arder tus barrotes.

Porque ninguna cadena será perpetua, y ninguna cárcel de “alta seguridad.”
(Tras los cuerpos amurallados – Escrito de Claudia Lopez)

Durante a noite de 11 de setembro de 1998, na combativa La Pincoya, comuna de Huechuraba, ocorrem fortes distúrbios com a polícia em comemoração dos 25 anos do golpe de estado.

Naquela jornada de distúrbios se encontrava participando ativamente nas barricadas a companheira anarquista Claudia Lopez Benaiges, estudante de dança da Universidad Academia de Humanismo Cristiano, combatente encapuzada no cordão Macul, foi assassinada com uma bala nas costas, disparada pela polícia.

Claudia defendeu a violência e a luta nas ruas, formando parte da continuidade do conflito e da violência anti-autoritária durante os anos 90, na luta pela libertação dos presos do C.A.S. (Cárcel de Alta Seguridad) e em diferentes agitações antagônicas, contribuindo com fogo e poesia.

Cláudia López tornou-se, entretanto, num símbolo para todo o movimento estudantil $hileno, para xs jovens das organizações sociais, e ainda para o emergente movimento anarquista $hileno. A sua morte demonstra que o atual regime $hileno continua a ser dominado na sombra pelas sinistras figuras militares que foram responsáveis pelo golpe de estado de 1973 e todo a série de horrores, perseguições e mortes da história recente do $hile.

Hoje, 19 anos passados do seu assassinato, não há responsáveis nem culpados, o que só mostra que no $hile ainda subsiste a insidiosa impunidade dos repressores de sempre.

A tua dança rebelde perdurará nos nossos corações.

11 DE SETEMBRO
NADA PRA ESQUECER
NINGUÉM PRA PERDOAR
AS RUAS SÃO NOSSAS

NEM PERDÃO! NEM ESQUECIMENTO! VINGANÇA!


Poemas (em espanhol) da companheira Claudia Lopez.

Documentário Claudia en el Corazón

https://www.youtube.com/watch?v=SR_d6pk4vvY

Músicas dedicadas à companheira

Posted in General | Tagged | Comments Off on [Memória] Claudia Lopez, Presente!

[Fanzine] Disponível para baixar a 7ª edição do fanzine Besos y Bombas

Um novo “incêndio” do fanzine Besos y Bombas veio à luz depois de pouco mais de um ano desde o anterior (junho de 2016). Seguem os enlaces para baixar junto ao texto de introdução e o índice traduzidos.

Obs.: O conteúdo do fanzine está em espanhol.

Para ler online/baixar o fanzine:

Capa/Contracapa
 Interior

Índice:

■ Epifania
■ A autoridade é o roubo
■ A pimenta no olho alheio sempre arde melhor
■ Barricadas virtuais
■ Sobre atitudes machistas dentro da convivência em espaços mistos e como identificá-las
■ Derrame contra a derrota
■ Revisão dos objetivos
■ Isso vai pelas doentes mentais
■ Poesia
■ Sons da revolta
■ Recomendo ler
■ Receitas veganas
■ Atmosfera zero

Somos as crianças perdidas de uma sociedade que nos empurrou para um beco estreito que tinha apenas duas saídas: o desespero ou a adaptação a um mundo horrível. Cheia de raiva e de memórias que ferem, abrimos o caminho através da multidão à procura de um respiro e novas cumplicidades com as quais contra-atacar. Abandonadxs por nosso tempo, insatisfeitxs, furiosxs, agora a nossa única pátria é a vingança. Levamos nas costas milhares de inseguranças e desilusões, mas não desistamos.

Nosso consolo é a convicção de que não há nada que você possam nos prometer. Nos sentimos seguros aqui, no lugar comum da renúncia a qualquer esperança, porque não há nada mais cruel do que a esperança. Não queremos continuar esperando, não mais sombras no céu que possam nos fazer acreditar que algo melhor está por vir. Ninguém virá para nos salvar. Queremos apertar a corda até que ela rompa, queremos libertar as bestas que se escondem entre nossas vísceras que agora são florestas e penhascos pelos quais nos precipitamos, nos atirando contra todos os relógios da paciência, contra suas retorcidas engrenagens que marcam em segundos, minutos e horas nossas múltiplas mortes. Incendiamos nossos preceitos, desaprendemos nossa docilidade. É necessário nos livrar de tudo. Viemos para arrancar tudo o que mantém o nosso mar calmo. Precisamos que a barragem rompa, que o reservatório transborde. Que afundemos. Só quando sentimos o frio no nosso interior para que possamos voltar a compreender a importância do calor de um abraço. Só quando sentimos que nos afogamos podemos entender o valor de uma mão amiga que nos ajude a sair das profundezas.

Dançamos. Rompemos. Queimamos. Corremos. Brincamos. Amamos. Odiamos. Choramos. Críamos. Voamos. Fanzines, poesia, olhares, luzes, ruído, distúrbios, sonolência, destempo e apatia. Um monumento aos relógios quebrados, uma guerra eterna contra alarmes.

Nosso desafio é conciliar a vida e desejo.

Cada contradição é uma ferida, cada ferida é uma memória, cada memória é uma fenda, nossos corações estão cheios delas. É o preço a pagar pela memória.

Pertencemos à minoria que sabe que se os maus momentos são espantalhos, os bons são um comprimido de Prozac.

NÃO
QUEREMOS
NADA
SEU


Outros incêndios:

Bombas y Besos sexto incêndio
Capa/ContracapaInterior

Bombas y Besos quinto incêndio
Capa/ContracapaInterior

Bombas y Besos quarto incêndio
Capa/ContracapaInterior

Bombas y Besos terceiro incêndio
Capa/ContracapaInterior

Bombas y Besos segundo incêndio
Capa/ContracapaInterior

Bombas y Besos primeiro incêndio
Capa/ContracapaInterior

Publicado originalmente em La Rebelión De Las Palabras

Posted in General | Tagged | Comments Off on [Fanzine] Disponível para baixar a 7ª edição do fanzine Besos y Bombas

No ar!

Posted in General | Comments Off on No ar!